A.W. PINK Decretos

Os irrevogáveis decretos de Deus

20:33Leivison Barros





Os irrevogáveis decretos de Deus

As Escrituras fazem menção dos decretos de Deus em muitas passagens, empregando vários termos. A palavra "decreto" acha-se no Salmo 2:7, etc. Em Efésios 3:11 lemos a respeito do Seu "eterno propósito". Em Atos 2:23, do "... determinado conselho e presciência de Deus... ". Em Efésios 1:9, do "... mistério da sua vontade... ". Em Romanos 8:29 lemos que Ele também "predestinou". Em Efésios 1:9, sobre "o seu beneplácito".


Os decretos de Deus são denominados Seu "conselho" para significar que são consumadamente sábios. São chamados Sua "vontade" para mostrar que Ele não estava sob nenhum outro domínio, mas agiu de acordo com o Seu beneplácito. Quando a norma de conduta de uma pessoa é a sua vontade, geralmente é caprichosa e irrazoável. Mas nos procedimentos divinos a sabedoria está sempre associada com a  "vontade"  e,  por  conseguinte,  os  decretos   de  Deus  são  descritos como sendo "o conselho da sua vontade" (Efésios 1:11).

Os decretos de Deus se relacionam com todas as coisas futuras, sem exceção: o que quer que seja feito no tempo, foi pré-ordenado antes de iniciar-se o tempo. O propósito de Deus dizia respeito a todas as coisas, grandes e pequenas, boas e más, conquanto, com referência a estas, devemos ter o cuidado de afirmar que, se bem que Deus é o Ordenador e Controlador do pecado, não é o seu Autor do mesmo modo como é o Autor do bem. O pecado não poderia proceder de um Deus santo por criação direta e positiva, mas somente por permissão decretatória e ação negativa. O decreto de Deus é tão abrangente como o Seu governo, estendendo-se a todas as criaturas e a todos os eventos.

Deus não decretou meramente criar o homem, colocá-lo na terra, e depois deixá-lo entregue à sua própria direção descontro­lada; antes, fixou todas as circunstâncias do destino dos indiví­duos, e todas as particularidades que a história da raça humana compreende, desde o seu início até o seu fim. Ele não decretou simplesmente o estabelecimento de leis gerais para o governo do mundo, mas dispôs a aplicação dessas leis a todos os casos par­ticulares. Os nossos dias estão contados, como contados estão os cabelos das nossas cabeças. Podemos entender a extensão dos decretos divinos pelas distribuições providenciais, mediante as quais eles são executados. Os cuidados de Deus alcançam as criaturas, mais insignificantes e os mais diminutos eventos, como a morte de um pardal e a queda de um fio de cabelo.

Consideremos agora algumas das propriedades dos decretos divinos.  Em primeiro lugar, são eternos. Supor que sequer um deles foi ditado dentro do tempo, é supor que ocorreu algum novo acontecimento, surgiu algum evento imprevisto ou alguma combinação imprevista de circunstâncias, que induziu o  Altíssimo a idealizar uma nova resolução. Isto favoreceria a idéia de que o conhecimento de Deus é limitado e que Ele vai ficando mais sábio conforme o tempo avança — o que seria uma horrível blasfêmia. Ninguém que creia que o entendimento divino, é infinito, abrangendo o passado, o presente e o futuro, jamais admitirá a errônea doutrina de decretos temporais. Deus não ignora os eventos futuros que serão executados por volições humanos; Ele os predisse em inúmeros casos, e a profecia não é nada menos do que a manifestação da Sua presciência eterna.
 As Escrituras afirmam que os crentes foram escolhidos em Cristo antes da fundação do mundo (Efésios 1:4), sim, que foi então que a “graça” lhes foi dada (2 Timóteo  1:9).

Finalmente, procure-se supor e depois contemplar o oposto. Negar os decretos divinos seria proclamar um mundo, e tudo que se relaciona com ele, regulado somente por acaso ou por destino cego. Então, que paz, que segurança, que consolo haveria para os nossos pobres corações e mentes? Que refúgio haveria para onde fugir na hora da necessidade e da provação? Nada disso haveria. Não haveria nada menos que as densas trevas e o abjeto horror do ateísmo. Oh meu leitor, quão agradecidos devemos estar por­que tudo está determinado pela infinita sabedoria e bondade de Deus! Quanto louvor e gratidão devemos a Ele por Seus decre­tos! Graças a estes "... sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto" (Romanos 8.28). Podemos muito bem exclamar: "...glória pois a ele eternamente. Amém"  (Romanos  11:36).


Fonte

A.W.PINK

Seu humilde teólogo,
Leivison Barros S.

You Might Also Like

1 comentários

Posts Populares