Deus
"No
princípio... Deus..." (Gênesis 1:1). Houve tempo, se é que se lhe pode
chamar "tempo", em que Deus, na unidade de Sua natureza, habitava só
(embora subsistindo igualmente em três pessoas divinas).
"No princípio... Deus...". Não existia o céu, onde agora se manifesta particularmente a Sua glória. Não existia a terra, que Lhe ocupasse a atenção, Não existiam os anjos, que Lhe entoassem louvores, nem o universo, para ser sustentado pela palavra do Seu poder. Não havia nada, nem ninguém, senão Deus; e isso, não durante um dia, um ano ou uma época, mas "desde sempre". Durante uma eternidade passada, Deus esteve só: completo, suficiente, satisfeito em Si mesmo, de nada necessitando.
"No princípio... Deus...". Não existia o céu, onde agora se manifesta particularmente a Sua glória. Não existia a terra, que Lhe ocupasse a atenção, Não existiam os anjos, que Lhe entoassem louvores, nem o universo, para ser sustentado pela palavra do Seu poder. Não havia nada, nem ninguém, senão Deus; e isso, não durante um dia, um ano ou uma época, mas "desde sempre". Durante uma eternidade passada, Deus esteve só: completo, suficiente, satisfeito em Si mesmo, de nada necessitando.
Se
um universo, ou anjos, ou seres humanos Lhe fossem necessários de algum modo,
teriam sido chamados à existência desde toda a eternidade.
Ao serem criados,
nada acrescentaram a Deus essencialmente. Ele não muda (Malaquias 3:6), pelo
que, essencialmente, a Sua glória não pode ser aumentada nem diminuída.
Deus
não estava sob coação, nem obrigação, nem necessidade alguma de criar. Resolver
fazê-lo foi um ato puramente soberano de Sua parte, não produzido por nada
alheio a Si próprio; não determinado por nada, senão o Seu próprio beneplácito,
já que Ele "faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade" (Efésios
1:11).
O fato de criar foi simplesmente para a manifestação da Sua
glória. Será que algum dos nossos leitores imagina que fomos além do que nos autorizam
as Escrituras? Então, o nosso apelo será para a Lei e o Testemunho: "...
levantai-vos, bendizei ao Senhor vosso Deus de eternidade em eternidade; ora
bendigam o nome da tua glória, que está levantado sobre toda a bênção e
louvor" (Neemias 9:5).
Deus não ganha nada, nem sequer com a nossa
adoração. Ele não precisava dessa glória externa de Sua graça, procedente de
Seus redimidos, porquanto é suficientemente glorioso em Si mesmo sem ela.
Que
foi que O moveu a predestinar Seus eleitos para o louvor da glória de Sua
graça? Foi, como nos diz Efésios 1:5, ".... o beneplácito de sua
vontade".
De
mais a mais, vamos além: nosso Senhor Jesus Cristo não acrescentou nada a Deus
em Seu Ser essencial e à glória essencial do Seu Ser, nem pelo que fez, nem
pelo que sofreu.
É certo, bendita e gloriosamente certo, que Ele nos
manifestou a glória de Deus, porém nada acrescentou a Deus. Ele próprio o
declara expressamente, e não há apelação quanto às Suas palavra.; "... não
tenho outro bem além de ti" (Salmo 16:2; na versão usada pelo autor,
literalmente: "... a minha bondade não chega a Ti").
Em toda a sua
extensão, este é um Salmo sobre Cristo. A bondade e a justiça de Cristo
alcançou os Seus santos na terra (Salmo 16:3), mas Deus estava acima e além
disso tudo, pois unicamente Deus é "o Bendito" (Marcos 14:61).
Fonte:
Os atributos de Deus/ A.W.PINK
Seu humilde teólogo,
Levison Barros S.
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